sábado, 31 de março de 2012

Encontro Nacional Jurídico reúne sindicalistas e advogados

Encontro Nacional Jurídico reúne sindicalistas e advogados

Advogados e sindicalistas discutem, entre outros, campanha salarial
A Fentect realiza, nos dias 30 e 31 de março, em Brasília (DF), o Encontro Nacional Jurídico entre os sindicatos dos tralhadores dos correios. Os dois dias serão marcados por debates de questões jurídicas que envolvem temas como a campanha salarial 2011/12, o dissídio coletivo, a lei 12.490/11, o Banco Postal, os PCCs, a terceirização, o Postalis, o SAP e a Anistia. O evento procura traçar estratégias para uma luta unificada entre os sindicatos. O encontro acontecerá até a tarde de sábado (31), no Hotel Laguna Plaza, localizado no Núcleo Bandeirante.

quinta-feira, 29 de março de 2012

PORTARIA Nº 567, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011


Dispõe sobre a entrega de objetos dos serviços postais básicos, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT, no território nacional.
O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e considerando o que dispõem a Lei nº 6.538, de 22 de junho de 1978, e o Decreto nº 7.462, de 19 de abril de 2011, resolve:
Art. 1º. A entrega postal de objetos dos serviços de carta e cartão postal, de impresso, de encomenda não urgente e de telegrama será realizada da seguinte maneira:
I - externa:
a) em domicílio, quando a entrega do objeto postal ocorrer no endereço indicado pelo remetente ou na forma descrita no artigo 5º desta Portaria;
b) em Caixa Postal Comunitária, quando o objeto postal for depositado em um dos receptáculos do Módulo de Caixas Postais Comunitárias - MCPC; ou
c) por outras formas de entrega que venham a ser desenvolvidas, diversas da prevista no inciso II.
II - interna, quando o objeto postal deva ser procurado e entregue ao destinatário em unidade da ECT.
Art. 2º. A ECT deverá realizar a entrega externa em domicílio nas localidades, sempre que atendidas as seguintes condições:
I - houver correta indicação do endereço de entrega no objeto postal;
II - possuir o distrito mais de 500 habitantes, conforme o censo do IBGE;
III - as vias e os logradouros ofereçam condições de acesso e de segurança ao empregado postal;
IV - os logradouros e vias disponham de placas indicativas de nomes instaladas pelo órgão municipal ou distrital responsável;
V - os imóveis apresentem numeração de forma ordenada, individualizada e única; e
VI - os imóveis disponham de caixa receptora de correspondência, localizada na entrada, ou haja a presença de algum responsável pelo recebimento no endereço de entrega.
Parágrafo único. Ainda que não atendida a condição prevista no inciso VI, a entrega em domicílio poderá ser efetuada por outras formas, a critério da ECT.
Art. 3º. A entrega externa somente ocorrerá em Módulos de Caixas Postais Comunitárias quando:
I - as condições definidas nos incisos II a V do art. 2o desta Portaria não forem integralmente satisfeitas, inviabilizando a operacionalização da entrega em domicílio; e
II - existir no local pessoa jurídica que cumpra os requisitos e as condições previstas na portaria específica do Serviço de Caixas Postais Comunitárias.
Art. 4º. A entrega interna do objeto postal somente será realizada em unidade da ECT, quando:
I - as condições definidas nos artigos 2o e 3o desta Portaria não forem integralmente satisfeitas;
II - o objeto, por suas características, tais como peso e dimensões, não possibilite a entrega externa; ou
III - as características do respectivo serviço ou o endereçamento do objeto assim o determinar.
Parágrafo único. No caso de distritos com menos de quinhentos habitantes, o objeto ficará disponível na Unidade Postal mais próxima do endereço indicado.
Art. 5º. A entrega postal dos objetos endereçados a coletividades residenciais com restrições de acesso e trânsito de pessoas, bem como a todas as coletividades não residenciais, será feita por meio de uma caixa receptora única de correspondências, instalada na área térrea de acesso à coletividade, ou entregue ao porteiro, administrador, zelador ou pessoa designada para esse fim.
§ 1º. Para efeito deste artigo, são consideradas coletividades:
I - residenciais: condomínio residencial e edifício residencial com mais de um pavimento; e
II - não residenciais: condomínio comercial, edifício comercial, centro comercial, repartição pública, hotel, pensão, quartel, hospital, asilo, prisão, escritório, empresa ou companhia comercial ou industrial, embaixada, legação, consulado, associação, estabelecimentos de ensino, estabelecimento religioso e estabelecimento bancário, dentre outros estabelecimentos comerciais.
§ 2º. Nas coletividades previstas neste artigo, que não disponham de caixa receptora única de correspondências, nem de pessoa designada para receber os objetos, havendo solicitação da coletividade, a ECT efetuará a entrega postal em caixas receptoras individuais, instaladas na entrada da coletividade, desde que haja acesso público para depósito das correspondências.
Art. 6º. No caso de impossibilidade de entrega ao destinatário ou a quem de direito, por qualquer motivo, o objeto será devolvido ao remetente, exceto no caso de impressos sem devolução garantida ou automática, os quais serão destinados a refugo.
Art. 7º. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º. Fica revogada a Portaria nº 311, de 18 de dezembro de 1998, deste Ministério, publicada no Diário Oficial da União nº 244, de 21 de dezembro de 1998.
PAULO BERNARDO SILVA
Publicado no D .O.U, Seção 1, Nº 251, sexta-feira, 30 de dezembro de 2011, página 100.

Para servidores, 'nada justifica' criação da Funpresp

Três fundos de previdência complementar, um para cada poder, devem ser implementados ainda neste ano. Sindicalistas criticam postura do governo de viabilizar o que consideram a 'privatização do sistema previdenciário'
São Paulo – A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef-CUT) rechaçou a aprovação da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), ocorrida ontem (28), no Senado, apesar do protesto de 4 mil servidores na Esplanada dos Ministérios. A Funpresp segue para sanção da presidenta Dilma Rousseff e deverá ser constituída até o final do ano. Os sindicalistas consideram nociva a criação de fundos privados que, segundo avaliam, podem colocar em risco as aposentadorias dos servidores.
"A medida reforça o papel do governo de entregar o patrimônio público à iniciativa privada. Nenhum argumento dado pelo governo nas reuniões apontava a necessidade da criação da Funpresp. Para nós, é muito claro", criticou o secretário-geral da Condsef, Josemilton Maurício Costa. 
O texto estabelece teto de aposentadoria no serviço público equivalente a R$ 3.916,20 para os servidores públicos federais, o mesmo previsto na iniciativa privada. A medida valerá para futuros servidores públicos que forem contratados após a sanção da nova lei e também prevê a contribuição de 11% sobre o teto do Regime Geral da Previdência Social (RGPS).
Os servidores que quiserem receber um benefício acima do previsto pela Previdência deverão contribuir para o regime complementar, o que deverá ser feito em paridade pelo órgão governamental. O limite de contribuição do órgão público será 8,5%.
Serão três os fundos, que correspondem aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com o secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz, o fundo – aposta do governo para reduzir o déficit previdenciário – irá se capitalizar durante 30 anos. A União já garantiu aporte de R$ 100 milhões neste ano. Metade desses recursos será destinada à manutenção do fundo do Executivo e R$ 25 milhões para o fundo do Legislativo e mais R$ 25 milhões para o do Judiciário.
O ministro da pasta, Garibaldi Alves, já pediu urgência para a sanção da Funpresp. As nomeações dos servidores, segundo ele, serão feitas após o aval presidencial. O governo tem 180 dias para fazê-lo, ainda que com vetos. “Vamos fazer um apelo à presidenta (Dilma Rousseff) para que não precisemos esperar esse prazo”, disse. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) fará a fiscalização dos três fundos.

DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Estivemos ontem, dia 27/03/2012, em audiência no Ministério Público do Trabalho, por conta de um procedimento instaurado por este Ministério contra a ECT/DR/SPI e AC e CDD/Campinas. Este procedimento adveio de uma fiscalização do Ministério do Trabalho às unidades AC e CDD/Campinas, proveniente de outro processo que tramita no Ministério Público do Trabalho, por denúncia deste SINTECT/CAS, sobre más condições de trabalho, o qual já foi transformado pelo Procurador do Trabalho, Dr. Ronaldo, em Inquérito Civil, em virtude das várias fiscalizações positivas realizadas em inúmeras unidades da ECT, onde constataram irregularidades nas condições de trabalho.

Na AC e CDD/Campinas os fiscais constataram a existência de pressão sobre os trabalhadores, especialmente os Atendentes Comerciais, quanto a metas para a venda de produtos dos Correios, então o MPT abriu novo procedimento para averiguar “Abuso do poder diretivo do empregador”.

Em razão disso, e de já ter audiência agendada para 27/03/2012, o SINTECT/CAS promoveu a denúncia sobre o SAP nesse mesmo processo, já que este SAP não deixa de ser um “abuso de poder” do empregador. Na audiência de ontem, então, foram ouvidas as partes, testemunha, e a Procuradora do Trabalho, Dra. Eliana Minicucci, entendeu que, por serem ambas as matérias, tanto da obrigatoriedade no cumprimento de metas pelos Atendentes Comerciais, quando do SAP para os Carteiros, de nível NACIONAL, encaminhar esse procedimento iniciado em Campinas, para Brasília, local da sede da ECT.Fato bom disso tudo é que o procedimento contra os Correios sobre esses assuntos já segue para o Ministério Público do Trabalho de Brasília com várias provas, depoimentos de testemunha, das partes, enfim, já segue adiantado. Esperamos que o Ministério Público do Trabalho de Brasília tome as providências necessárias contra as irregularidades na ECT com abrangência para todo o Brasil. O SINTECT/CAS fez tudo o possível para adiantar o trabalho em nível nacional, esperando também, por parte da FENTECT, a continuidade aguerrida desse processo.

fonte: Diário Ecetista

segunda-feira, 26 de março de 2012

Trabalhadores com carteira passam de 70 milhões pela 1ª vez, diz ministério

26/03/2012 - 18h38
Do UOL, em São PauloComentários
Em 2011, o Brasil teve 73,6 milhões de trabalhadores com carteira assinada. É a primeira vez que o número de trabalhadores formais no país passa de 70 milhões, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Esse número inclui trabalhadores ativos e inativos (que se aposentaram ou morreram durante o ano).
O número aumenta anualmente também de acordo com o crescimento da população e do número de empresas. Os dados foram obtidos porque sexta-feira (23) foi o último dia para as empresas enviarem a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) ao ministério.
A Rais é um registro obrigatório que as empresas mandam anualmente. As informações incluem todos os trabalhadores do mercado de trabalho formal -empregados celetistas (funcionários privados, regidos pela CLT), estatutários (funcionários públicos), avulsos e temporários, entre outros, segundo remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade.
O número de 73,6 milhões ainda vai ser conferido detalhadamente e pode diminuir, segundo o Ministério do Trabalho. As empresas podem enviar dados duplicados por engano. Essa contagem final deve sair até o fim de maio, mas a expectativa é que o número fique mesmo na casa dos 70 milhões.
Cerca de 8 milhões de empresas enviaram os dados ao ministério. No ano passado, os dados da Rais 2010 foram enviado por 7,7 milhões de estabelecimentos, e havia  66,3 milhões de registros de trabalhadores com carteira.
Mas as empresas que não fizerem a declaração da Rais podem enviar as informações com atraso, mas ficarão sujeitas a multa prevista no artigo 25 da Lei nº 7.998, de 1990.O valor cobrado será a partir de R$ 425,64, acrescidos de R$ 106,40 por bimestre de atraso, contados até a data de entrega da Rais respectiva ou da lavratura do auto de infração, se este for feito primeiro.

domingo, 25 de março de 2012

ECT completa 43 anos no dia 20 de março e os trabalhadores ecetistas tem muitos motivos para não comemorar.

Os trabalhadores da ECT há muito tempo estão submetidos a uma realidade de sobrecarga e falta de condições de trabalho. Os Concursos Públicos que deveria servir para acabar com a falta de efetivo não serviu para cobrir todas as vagas em aberto.
A jornada de trabalho é exaustiva tornando-se a cada dia impossível entregar as correspondências para a população no prazo. Para piorar a situação, no ano passado o governo da presidenta Dilma aprovou a MP532, que privatiza a ECT e como decorrência aplica agora um novo Sistema de Avaliação de Produtividade, o SAP.


fonte: Diário Ecetista.

Os Correios tentam se reinventar

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) registrou lucro líquido de R$ 883 milhões em 2011, o mais alto de sua história, com aumento de 7,8% sobre o ano anterior. A estatal esteve muito perto de atingir o patamar de R$ 1 bilhão, mas a complementação de dividendos pagos ao Tesouro Nacional por exercícios anteriores e a greve recorde de 28 dias afetaram o resultado financeiro e tiraram cerca de R$ 230 milhões do lucro.
"Os serviços postais do mundo todo estão passando por uma transformação muito grande e tínhamos que saber se nos conformaríamos com essas mudanças ou nos reinventaríamos", diz o presidente da empresa, Wagner Pinheiro, que anunciará oficialmente o balanço da empresa em abril. "A decisão governamental foi a de olhar os Correios como uma empresa integradora, inclusiva e de classe mundial."
Pinheiro acabou de encaminhar, ao Ministério do Planejamento, um pedido para a abertura de mais 13 mil vagas no quadro de pessoal. Hoje a ECT tem quase 115 mil funcionários. Segundo ele, a ampliação é necessária por vários fatores como o aumento do número de encomendas - expressas e oriundas do comércio eletrônico - e o processo de urbanização de novas localidades, como consequência da ascensão de classes sociais mais baixas. Outra demanda nova é simbólica: graças à pacificação das favelas cariocas da Rocinha e do Vidigal, os Correios passaram também a subir os morros para entregar correspondências de porta em porta, o que só se fazia em cerca de 30% dos lares dessas comunidades.

fonte: Diário Ecetista.

São Paulo será “estado caloteiro” se Alckmin pagar desapropriações por valor venal, diz OAB

Na opinião de representante da OAB, medida do governador paulista de desapropriar imóveis por valores muito menores dos reais poderia suscitar seu impeachment
São Paulo – A tentativa do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) de desapropriar imóveis por valores muito abaixo do real atenta contra a Constituição Federal e contra a democracia. A medida, solicitada pelo tucano ao Supremo Tribunal Federal (STF), por meio de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), no mês de fevereiro, também vai burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal. A avaliação é do vice-presidente da Comissão de Dívida Pública da OAB-SP, Marco Antônio Innocenti.
“Quando o governo não paga o valor real do bem que está desapropriando vai gerar uma indenização futura, que não vai ser o governador atual que vai pagar. Ele deveria pagar as desapropriações que ele está fazendo, isso é o que exige a própria Lei de Responsabilidade Fiscal: não pode aceitar que o governo onere excessivamente os governos futuros”, explicou o representante da OAB.
Embora os governos municipal, estadual e federal tenham poder para realizar desapropriações, essas não podem ser feitas de forma irresponsável, porque causam desorganização financeira ao estado que mais tarde terá de arcar com os processos movidos pelos proprietários de imóveis afetados. “Isso desorganiza os fins do estado. Você vai deixar para o futuro o pagamento de uma dívida que você não vai saber quanto é”, disparou Innocenti.
Publicado em 25/03/2012, 13:11/ Última atualização às 13:43
Cidadania
Justiça manda prefeitura de SP indenizar moradora por bens perdidos em enchentes
Por: Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil / Publicado em 24/03/2012, 18:02 /Última atualização às 18:02
São Paulo - Uma moradora do Parque Guarani, na zona leste de São Paulo, obteve uma sentença favorável da Justiça após processar a prefeitura de São Paulo, por ter perdido todos os bens em enchentes. A decisão do juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da 3ª Vara da Fazenda Pública da capital, condenou o governo municipal a indenizar Maria das Graças de Jesus em R$ 100 mil por danos morais e em R$ 62 mil por danos materiais. A prefeitura recorreu da sentença. As informações foram repassadas da Defensoria Pública de São Paulo.
Em entrevista à Agência Brasil, Maria das Graças disse que perdeu todos os bens em três enchentes ocorridas entre novembro de 2009 e março de 2010. “A primeira foi em 2009, quando meu muro caiu e a água invadiu minha casa”, contou. De acordo com a Defensoria, a primeira enchente ocorreu por causa do transbordamento de um córrego sujo que atravessa o bairro. As águas arrastaram um automóvel estacionado na rua, que bateu no muro da casa de Maria das Graças.
Na primeira enchente, Maria das Graças perdeu todos os seus utensílios pessoais, móveis e eletrodomésticos. “Vivi de doação e repus tudo o que eu tinha, tudo doado”, relatou. Na época, ela enviou uma carta à prefeitura pedindo providências, mas o problema não foi resolvido.
“Em 2010, ocorreu de novo. O muro caiu, invadiu minha casa. Subiu 1,5 metro de água. E eu fui para cima. Fui orientada então a procurar os advogados do estado”, contou ela. Um mês depois, nova enchente, e os bens que ela tinha recebido como doação foram perdidos. Em julho de 2010, Maria das Graças procurou a Defensoria Pública.
Na ação, a Defensoria cobra a responsabilidade da prefeitura para evitar o transbordamento do córrego e a consequente enchente. “Como sou cidadã, pago imposto, pago taxa de lixo, contribuo com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), acho isso um descaso total. Não devo nada para a prefeitura”, disse Maria das Graças.
Segundo a defensora pública Renata Tibyriçá, que atua no caso, tem aumentado o número de pessoas que procuram a Defensoria para obter alguma reparação por danos sofridos em enchentes. “Felizmente, as pessoas estão se conscientizando e pleiteando alguma reparação quando são vítimas de enchentes. Essa sentença do Judiciário abre mais um precedente para que as pessoas afetadas busquem do poder público reparação para seus prejuízos”, informou por meio de nota.
Trabalho
Justiça do Trabalho repassou R$ 15 bilhões a trabalhadores em 2011 em sentenças
Publicado em 22/03/2012, 18:17/ Última atualização em 23/03/2012, 11:41
São Paulo – A Justiça do Trabalho repassou aproximadamente R$ 15 bilhões a trabalhadores que moveram ações e receberam sentença favorável no ano passado. De acordo com a Coordenadoria de Estatística e Pesquisa do Tribunal Superior do Trabalho (Cest), o valor é um terço superior ao pago em 2010. Cerca de 72% do total (R$ 10,7 bilhões) representam os casos encerrados no ano passado.
Entre as regiões judiciárias, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, lidera a lista dos pagamentos, com R$ 2,4 bilhões (16% do total), seguido do TRT da 4ª Região, no Rio Grande do Sul, com R$ 1,5 bilhão (10,5%). 
A 5ª Vara do Trabalho de Recife registrou o maior pagamento aos reclamantes (R$ 316 milhões), enquanto a 22ª Vara do Trabalho de Salvador ficou com o segundo lugar, com R$ 167 milhões.
O TST dá créditos à adoção de medidas para agilizar os processos pelo judiciário, como mutirões nacional e regionais de conciliação, acordos com governos estaduais e prefeituras para pagamento de precatóricos e a criação de juizados especiais de conciliação.
Em 2011, a Justiça do Trabalho organizou a Semana Nacional da Execução Trabalhista, em novembro, que passará a integrar o calendário permanente do judiciário. O evento concentra esforços na conciliação em processos em fase de execução.

Trabalho
Para presidente da CUT, trabalhador deve decidir quanto pagar para manter sindicato
Entidade lança campanha para acabar com o imposto sindical e quer limitar a duas o número de contribuições. Demais centrais e confederações patronais são contra
Publicado em 23/03/2012, 12:45/ Última atualização às 17:44
Para Artur, mensalidades têm de ser a principal fonte de receita dos sindicatos. E legislação deve proibir práticas anti-sindicais (Foto: Roberto Parizotti/CUT)
São Paulo – A CUT inicia na próxima segunda-feira (26) um plebiscito nacional sobre a contribuição (ou imposto) sindical. Urnas serão espalhadas em todos os país, em locais de grande concentração, para os trabalhadores opinarem se são favoráveis ou contrários à cobrança do imposto, que corresponde a um dia de trabalho e é cobrado anualmente em março. “É uma surpresa desagradável uma vez por ano”, diz o presidente nacional da central, Artur Henrique. “Os trabalhadores têm o direito de decidir quanto querem pagar para financiar a sua entidade”, acrescenta.
A proposta é de que as entidades tenham apenas duas fontes de receita: uma contribuição sobre a negociação coletiva, aprovada em assembleia e com teto fixado, e a mensalidade dos sócios. Atualmente, além do imposto sindical e da mensalidade, há outras duas modalidades de cobrança: as taxas assistencial e confederativa. 
José Dari Krein, da Unicamp: "Imposto acomoda lideranças, que não precisam trabalhar para atrair associados". Ouça na Rádio Brasil Atual
Nem todas as entidades sindicais usam as quatro, mas o objetivo é limitar as possibilidades a duas. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, em 2011 o recolhimento da contribuição sindical obrigatória somou quase R$ 2,5 bilhões, incluindo as entidades patronais.
A CUT enfrenta oposição das demais centrais sindicais e também das confederações empresariais. Chegaram a entrar em acordo durante a discussão da lei que em 2008 reconheceu formalmente as centrais no sistema jurídico brasileiro, mas a discussão não foi adiante. Naquele momento, as entidades também passaram a receber parte do imposto. Da mesma forma, propostas negociadas durante o Fórum Nacional do Trabalho, em 2004 e 2005, não avançaram no Congresso.
Para Artur, os sindicatos têm de convencer os trabalhadores da base a se associar, para que a mensalidade se torna sua principal fonte de receita. Por outro lado, a legislação deve proibir práticas antissindicais, como perseguição a trabalhadores que decidam se sindicalizar.
Além do plebiscito, que vai até 30 de abril, os cutistas pretendem coletar assinaturas para um projeto de lei que ratifique, no Brasil, a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre liberdade sindical. A coleta começa logo após o plebiscito, nas comemorações do 1º de Maio. Essa campanha vai até 2013, quando a central completará 30 anos.
Na próxima segunda-feira (26), Artur Henrique estará em Campinas (SP), participando da primeira assembleia de lançamento do plebiscito, diante da sede da Elektro. Serão instaladas urnas para os aproximadamente mil trabalhadores da empresa votarem.

quinta-feira, 22 de março de 2012

                                Assédio Moral / Humilhação
 
O QUE É ASSÉDIO MORAL?
Assédio moral é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. São mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização.

Humilhação
Conceito: É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.
                    publicado em 16 de Março de 2012 às 17:00 - Notícias FENTECT

           Trabalhadores buscam democratização na ECT

Aconteceu na última quarta-feira (14/03), no Edifício Sede dos Correios, a solenidade de posse da Comissão Eleitoral Paritária (ECT e FENTECT), que organizará o pleito para o Conselho de Administração da ECT (gestão 2012- 2014). Estiveram presentes no evento o secretário-geral da Fentect, Jose Rivaldo da Silva, o presidente da ECT, Wagner Pinheiro, o vice-presidente de RH da ECT, Larry de Almeida, e o vice-presidente de Administração, Nelson Freitas.

A lei 12.353/2010, que foi sancionada pelo Presidente Lula, é que garantiu aos trabalhadores um assento no Conselho de Administração da empresa. Esta eleição significa o marco zero na busca dos trabalhadores pela ocupação dos espaços democráticos, antes vetados. Isso garantirá aos ecetistas a participação direta em algumas decisões do alto comando dos Correios, além de votar questões relacionadas ao planejamento estratégico, atuando, por exemplo, na argumentação contra uma possível privatização da empresa.

Apesar da lei ainda restringir a votação em temas de interesses dos trabalhadores, como aumento salarial, José Rivaldo da Silva avalia que participar das discussões sobre os rumos da empresa aumentará a voz dos trabalhadores dentro dos Correios e fortalecerá ainda mais a força da luta sindical. Entre os representantes da Comissão estão, por parte da Fentect, Paulo André Nogueira da Silva, Golbery Félix Valória, Francisco José Nunes e Robson Luiz Pereira Neves, e por parte da ECT, José Roberto de Andrade Mello, Pedro dos Santos Binotte, Caetana Juracy Rezende Silva e Lucio Dias Braga. A comissão, que se reunirá no próximo dia 28 para discutir o processo e definir um cronograma de trabalho, terá o prazo de 120 dias para a realização da eleição e divulgação do resultado.

Conclamamos todos os trabalhadores a participarem efetivamente dessa discussão para garantirmos uma eleição transparente e democrática. Que o seu voto seja um trunfo para avançarmos nos nossos direitos.
22/03/2012 - 17h20
Procuradoria quer revisão de 600 mil benefícios do INSS
Publicidade  DE SÃO PAULO
O Ministério Público Federal em São Paulo entrou na Justiça com ação civil pública exigindo que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) conceda, automaticamente, revisão no benefício previdenciário a cerca de 600 mil segurados.
A medida pretende rever todos os auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensões por morte concedidas a partir de 29 de novembro de 1999, calculadas com base em 100% dos salários de contribuição. O pedido é para que o cálculo seja feito com base nas 80% maiores contribuições --ou seja, excluindo-se as 20% menores, o que aumenta o valor do benefício em cerca de 8%. Se o segurado teve muita variação salarial, o aumento pode chegar a 22%.

quarta-feira, 21 de março de 2012

   Livro 'A Privataria Tucana" é debatido em Osasco
Representantes de movimentos sociais, sindicatos e representantes do PT recebem o jornalista Amaury Ribeiro Jr. para conversar sobre o conteúdo do livro-reportagem e suas implicações no cenário político do país. Ao vivo
O livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., volta a ser discutido por entidades da sociedade civil organizada, desta vez em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Rompendo o cerco criado pela mídia tradicional em torno do trabalho, os debates têm dado vazão às impressões da sociedade em torno do assunto,  ajudado a ampliar a rede de conhecimento sobre a investigação.
A mesa que coordenará os debates conta com, além de Ribeiro Jr., o coordenador da macro-região do PT em Osasco, Valdir Pereira Roque, além de Aparecido Luiz da Silva (o Cidão), secretário de Comunicação do PT no estado de São Paulo, o jornalista e blogueiro Altamiro Borges, Claudio Motta Jr. (jornalista da Rede Identidade, daquele município) e o diretor-geral da Rede Brasil Atual, Paulo Salvador.
O livro-reportagem mostra uma rede de lavagem de dinheiro e de pagamento de propinas envolvendo figuras do alto escalão do PSDB e personagens próximos ao então ex-ministro do Planejamento, José Serra, ex-governador de São Paulo e agora pré-candidato à prefeitura da capital paulista. Entre os mais vendidos dos últimos meses, o livro motivou o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) a apresentar o pedido de criação de CPI para dar sequência à apuração. 
Os trâmites da CPI, o envolvimento de José Serra nas denúncias, o impacto sobre o futuro político do virtual candidato a prefeito de São Paulo e o “eloqüente” silêncio dos grandes meios de comunicação em torno do assunto, são os temas do debate, que realizado na sede regional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

terça-feira, 20 de março de 2012

Trabalho
Categorias fazem ato na Anchieta pela isenção do Imposto de Renda na PLR
Protesto retoma campanha de contra a tributação, ainda sem resposta do governo
Por: Letícia Cruz, Rede Brasil Atual  Publicado em 20/03/2012, 19:30/ Última atualização às 20:16
São Paulo – Bancários, metalúrgicos, petroleiros, químicos e urbanitários farão protesto amanhã (21) na rodovia Anchieta, perto da divisa entre São Paulo e São Bernardo, mas já na região do ABC paulista, pela isenção do Imposto de Renda (IR) na participação nos lucros ou resultados (PLR). O ato dá continuidade ao debate iniciado em novembro do ano passado com o governo, ainda sem avanço. As categorias pedem que a PLR não sofra desconto do imposto, a fim de incrementar a renda do trabalhador e aquecer a economia. A expectativa é que cerca de 20 mil trabalhadores participem do protesto, que começa às 7h na portaria principal da Mercedes-Benz, no Km 14 da rodovia.

domingo, 18 de março de 2012

               Carta de repudio ao sistema SAP

Segundo a constituição artigo 1º que se refere à cidadania; a dignidade humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, ou do artigo 3º que fala em promover o bem a todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de discriminação, ou o 5º quando diz ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
 Venho assim lembrar o compromisso desta nação em respeitar o que foi colocado para todos a promover a construção de uma sociedade de fato democrática coibindo ações contra o principal e valioso bem de nossa nação que é seu povo.
Solicitamos assim ao poder judiciário providência contra este sistema de avaliação da produtividade (SAP), que traz em sua ação sentimento de ser ofendido, menosprezado, rebaixado, inferiorizado, submetido, vexado, constrangido e ultrajado pelo outro. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado, revoltado, perturbado, mortificado, traído, envergonhado, indignado e com raiva. E que só traz humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.

terça-feira, 13 de março de 2012

                                    Colegas da UD. de Santo Amaro bahia.





Segue aqui excelente matéria obtida no www.jusbrasil.com.br acerca da posição do STJ sobre o direito à posse de aprovados no concurso público quando há funcionários contratados naquele órgão.
04/07/2011
O mercado de trabalho brasileiro registrou 8,2 milhões de trabalhadores terceirizados em 2010, segundo pesquisa do Sindeprestem, o sindicato que representa as empresas prestadoras de serviços a terceiros. Atuando nos mais diversos segmentos da economia, nos setores público e privado, esses prestadores de serviços são regidos pela CLT.
Quando essas normas são violadas e o litígio entre empregado e empregador vai parar nos tribunais, cabe à Justiça do Trabalho resolver a questão. Contudo, quando o conflito envolvendo terceirizados extrapola as relações de trabalho e invade outras áreas do Direito, o STJ vem sendo acionado.
Cadastro de reserva x terceirizados
Candidatos aprovados em concurso público têm direito à nomeação se demonstrarem a existência de trabalhador temporário exercendo a função para a qual concorreram?
O STJ entende que o direito líquido e certo à nomeação só ocorre quando o candidato for aprovado dentro do número de vagas oferecidas no edital do certame.
O tribunal já havia decidido que a administração pública não pode contratar funcionários terceirizados para exercer atribuições de cargos para os quais existam candidatos aprovados em concurso público válido, dentro do número de vagas oferecidas em edital. Nesses casos, os candidatos têm direito líquido e certo à nomeação.
A controvérsia persistiu quanto à ocupação precária dessas vagas enquanto houvesse candidatos aprovados em concurso fora das vagas previstas. No ano passado, a 3ª Seção decidiu, por maioria de votos, que a nomeação dos aprovados nesses casos não é obrigatória.
A tese foi fixada no julgamento de um mandado de segurança impetrado por diversos candidatos aprovados para o cargo de fiscal federal agropecuário. A maioria dos ministros entendeu que não é a simples contratação temporária de terceiros no prazo de validade do certame que gera direito subjetivo do candidato aprovado à nomeação.
Impõe-se que se comprove que essas contratações ocorreram, não obstante existissem cargos de provimento efetivo desocupados, explicou o ministro Arnaldo Esteves Lima, relator do processo (MS 13.823).
A hipótese foi tratada novamente no início de 2011, em um julgamento na 1ª Turma. Uma candidata aprovada em terceiro lugar para o cargo de fisioterapeuta da Polícia Militar de Tocantins foi à Justiça para ser nomeada. Como foram oferecidas apenas duas vagas, ela ficou em cadastro de reserva. A candidata alegou que tinha direito à nomeação porque a administração pública necessitava de mais servidores, o que ela demonstrou apontando a existência de funcionário terceirizado exercendo a função.
O relator do caso, ministro Humberto Martins, explicou que a existência de trabalho temporário não abre a possibilidade legal de nomeação, pois não ocorre a criação nem a desocupação de vagas. Segundo a jurisprudência do STJ, o candidato inscrito em cadastro de reserva possui mera expectativa de nomeação, que passa a ser um direito somente após a comprovação do surgimento de novas vagas durante o prazo de validade do concurso. (AgRg no RMS 32.094)
Em outro processo semelhante, no qual se discutia a nomeação de professores do ensino fundamental em Mato Grosso, a 2ª Turma decidiu que a contratação temporária fundamentada no artigo377, inciso IX, daConstituição Federall, não implica necessariamente o reconhecimento da existência de cargos efetivos disponíveis.
Nesses casos, a admissão no serviço ocorre não para assumir um cargo ou emprego público, mas para exercer uma função pública marcada pela transitoriedade e excepcionalidade, devidamente justificada pelo interesse público, afirmou o relator do caso, ministro Castro Meira. (RMS 31.785)








Trabalho
Em Jirau, assembleia de trabalhadores decide manter greve
Por: CUT Nacional
Publicado em 17/03/2012, 14:20 / Última atualização às 14:20
São Paulo – Durante assembleia na manhã da sexta-feira (16), os operários que trabalham na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho (RO), decidiram pela manutenção da greve.
A mobilização teve início no último dia 12 por conta das precárias condições mantidas no canteiro da Enesa Engenharia, contrata pelo Consórcio Sustentável do Brasil (ESBR) para montagem dos geradores da obra.
Apesar da decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 14.ª Região, que considerou a greve ilegal e determinou multa de R$ 100 mil ao sindicato por dia parado, os trabalhadores resolveram manter a mobilização.
“Vamos conversar com a comissão no sindicato e chamar a empresa para negociar. A pauta de negociação já foi protocolado e vamos continuar conversando para tentar chegar a um acordo”, comenta Cláudio Gomes, presidente da Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeira (Conticom). 
Segundo ele, que acompanha a negociação ao lado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero), apenas serviços essenciais, como a manutenção de bombas e dos refeitórios segue funcionando.

Cidadania
STF reabre julgamento da Lei de Anistia na semana que vem
Por: Débora Zampier, da Agência Brasil / Publicado em 16/03/2012, 18:14/ Última atualização às 18:15
Brasília – A discussão sobre o alcance da Lei de Anistia deverá ser reaberta na semana que vem no Supremo Tribunal Federal (STF). Está na pauta de quinta-feira (22) um recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) contra decisão da Corte que, em 2010, confirmou a anistia àqueles que cometerem crimes políticos no período da ditadura militar.
Segundo a OAB, as Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional entendem que os crimes contra a humanidade cometidos por autoridades estatais não podem ser anistiados por leis nacionais. A OAB também argumentou que o STF não se manifestou sobre a aplicação da Lei de Anistia a crimes continuados, como o sequestro. “Em regra, esses crimes só admitem a contagem de prescrição a partir de sua consumação – em face de sua natureza permanente”, alega a entidade no recurso.
A tese que contesta a prescrição de crimes como o sequestro também foi usada esta semana em uma ação do Ministério Público Federal (MPF) contra o oficial da reserva Sebastião Curió, conhecido como major Curió. Cinco procuradores acionaram a Justiça Federal no Pará para processar o militar alegando sua participação no sequestro de cinco pessoas durante a Guerrilha do Araguaia, na década de 1970.
O argumento do MPF foi rejeitado pela Vara Federal de Marabá em decisão divulgada hoje (16). Para o juiz João Cesar Otoni de Matos, o Ministério Público tentou esquivar-se da Lei da Anistia ao propor a ação. Ao comentar o caso esta semana, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, preferiu não comentar a iniciativa dos procuradores e previu que o debate sobre esta nova tese terminaria no Supremo.

domingo, 11 de março de 2012



Trabalho
Professores de 24 estados e do Distrito Federal estão em greve pelo piso nacional
Segundo a CNTE, adesão em todo o país é forte. Apesar de a paralisação pelo cumprimento da lei do piso seguir até sexta-feira (16), mais estados podem deflagrar greve
Publicado em 14/03/2012, 19:21/ Última atualização às 19:26
São Paulo – Com passeatas e assembleias, professores de todo o país iniciaram hoje (14) greve pelo cumprimento da lei do piso nacional do magistério, fixada pelo Ministério da Educação (MEC) em R$ 1.451 em 2012 para jornadas de 40 horas semanais. A mobilização segue até sexta-feira (16). Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), apenas nove estados pagam o valor estabelecido.
A adesão à mobilização é forte, de acordo com a entidade. Somente Espírito Santo e Rio Grande do Norte não aderiram em razão de acordo feito entre sindicatos e governo, mas também endossaram a mobilização nacional com protestos.
No Distrito Federal, Rondônia, Goiás e Piauí, os professores, que já estavam em greve, também participaram da mobilização de hoje. No Acre, a paralisação é parcial, e os educadores devem parar atividades na sexta-feira.
Roberto Franklin de Leão, presidente da CNTE, ressalta que alguns estados podem aproveitar o espírito de mobilização e deflagrar greve por tempo indeterminado. É o caso dos professores da rede estadual de São Paulo. Apesar de já receberem o piso, eles farão assembleia geral na sexta para decidir se entram em greve por conta do descumprimento da jornada do piso

Trabalho
Professores do Distrito Federal iniciam greve amanhã
Publicado em 11/03/2012, 14:43/ Última atualização às 14:43
São Paulo – Os professores da rede pública do Distrito Federal iniciam greve amanhã (10) para cobrar equiparação salarial com as demais carreiras públicas de nível superior. A decisão foi tomada na última semana após reunião com a Secretaria de Educação, que afirmou não poder dar sequência agora ao atendimento das exigências da categoria.
Em nota, o sindicato admite avanços com os reajustes do ano passado, a conquista de auxílio-alimentação no valor de R$ 304 mensais e a democratização da carreira, mas demonstra insatisfação com a promessa de retomar as conversas apenas mais adiante. O governo distrital argumenta que neste momento tem de cumprir uma série de exigências fiscais que lhe inviabilizam a liberação de novos recursos, argumentação que irritou os representantes dos docentes. 
“Estivemos mais do que abertos ao diálogo e à busca de alternativas para evitar os prejuízos que advêm de uma paralisação da categoria. Mas o GDF não agiu da mesma forma e por isso terá que assumir a responsabilidade pela decretação da nossa greve”, diz o sindicato, em nota, acrescentando que se esperou 113 dias até uma reunião com o Executivo distrital e que esta conversa não foi considerada satisfatória.
Também em nota, a Secretaria de Educação afirmou reconhecer a luta dos professores pela valorização da carreira, mas cobrou “cautela” na apresentação das reivindicações a fim de não colocar em risco o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o que poderia no futuro prejudicar o próprio pagamento dos docentes. “Assim contamos com o entendimento da categoria no sentido de que avalie este processo de negociação estabelecido com o GDF, para que o cumprimento dos compromissos assumidos se dê de forma madura e consciente das dificuldades momentâneas porque passa este Governo”, defende o Executivo.
O comunicado informa que os docentes receberam três reajustes de março de 2011 até agora, totalizando um ganho de 13,83%, além da promoção da melhoria das condições da carreira, com reforma de unidades de ensino, cursos de especialização e o respeito ao tempo para planejamento pedagógico.