sábado, 28 de abril de 2012

Diretora da OIT diz que países devem combater práticas antissindicais

Trabalho

Publicado em 26/04/2012, 20:34
Última atualização às 20:34
São Paulo – A diretora do Departamento de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Cleopatra Doumbia-Henry, disse hoje (26) que os países devem adotar medidas específicas contra as chamadas condutas antissindicais, como a "lista negra" de trabalhadores, demitidos por se filiarem a alguma entidade sindicais. Ela afirmou que o Comitê de Peritos da OIT considera essa conduta incompatível com a Convenção 98, sobre o direito à sindicalização. As afirmações foram feitas durante seminário promovido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Segundo Cleopatra, o direito de sindicalização e de negociação coletiva complementa o direito à liberdade sindical.
Ao citar outros atos de discriminação, como transferência de trabalhadores, retirada de benefícios ou rebaixamento de função, a diretora afirmou que a forma mais severa de conduta antissindical é a demissão, à medida que o empregador pode dispensar alguém sem justificar o ato.
O seminário do TST, sobre liberdade sindical, termina amanhã.

domingo, 15 de abril de 2012

Não mata ninguém

Economia
Uma minúscula tributação sobre as grandes fortunas em nada incomodaria o sono dos mais ricos e poderia ser um grande reforço para a saúde pública e o combate à miséria
Por: Maurício Thuswohl / Publicado em 13/04/2012 // Fotomontagem com original de Anne Rippy/Getty Images
Bandeira histórica dos partidos de esquerda no Brasil, a criação de um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF) está prevista na Constituição Federal de 1988, mas, subordinado à aprovação de uma lei complementar para entrar em vigor, até hoje não se tornou realidade. O debate sobre a taxação das grandes fortunas no país, no entanto, voltou à tona no segundo semestre de 2011, com a mobilização do Congresso Nacional em torno da regulamentação da Emenda 29, que fixou os percentuais mínimos que União, estados e municípios devem investir no setor de saúde. Defensores e críticos dessa modalidade de tributação, praticada em outros países, voltaram a tornar públicos argumentos de uma discussão que deve ganhar corpo.
Em 1989, o Senado aprovou um projeto de lei complementar (PLC), de autoria do então senador Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), que determinava a imediata entrada em vigor do IGF, mas continha imperfeições aos olhos da esquerda. Por exemplo, permitir que os valores pagos fossem deduzidos do imposto de renda. Na Câmara, o projeto acabou substituído por outro, elaborado por deputados do PSOL, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em junho de 2010 e pronto para ir a voto em plenário. No entanto, dorme em alguma gaveta da Mesa Diretora à espera de uma decisão política que destrave a discussão.
Paralelamente, no âmbito do debate sobre a Emenda 29, a ideia de tributar grandes fortunas como forma de garantir recursos à saúde se materializou em 2011 em outro PLC, nº 48, do deputado Dr. Aluizio (PV-RJ), que cria a Contribuição Social das Grandes Fortunas (CSGF). Relatora do projeto na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apresentou emenda para que toda a arrecadação proveniente da CSGF seja direcionada exclusivamente a ações e serviços relacionados à saúde e os valores recolhidos encaminhados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) para financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a deputada, a CSGF atingiria cerca de 56 mil contribuintes com patrimônio superior a R$ 4 milhões.
O relatório de Jandira prevê nove alíquotas para a CSGF, a serem pagas anualmente: 0,4% (entre R$ 4 milhões e R$ 7 milhões); 0,5% (acima de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões); 0,6% (de R$ 12 milhões a R$ 20 milhões); 0,8% (de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões); 1% (de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões); 1,2% (de R$ 50 milhões a R$ 75 milhões); 1,5% (de R$ 75 milhões a R$ 120 milhões); 1,8% (de R$ 120 milhões a R$ 150 milhões); e 2,1% para aqueles com patrimônio acima de R$ 150 milhões.
A deputada ressalta que as alíquotas podem produzir um efeito considerável sobre a arrecadação e de baixíssimo impacto para os contribuintes atingidos face à evolução patrimonial: “A Receita Federal informa que ao longo de 2009 – ano de crise – o patrimônio das pessoas que superava a casa dos R$ 100 milhões elevou-se de R$ 418 bilhões para R$ 542 bilhões – 30% de crescimento em um único ano. Nesse contexto, uma tributação adicional de 2% representa muito pouco para esse diminuto segmento social, mas representará um significativo aporte de recursos para a saúde pública, que atende 190 milhões de brasileiros”, diz Jandira.
Se for aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, o projeto da CSGF ainda terá de passar por outras duas comissões antes de ir a votação em plenário, em um trâmite que provavelmente se estenderá pelo primeiro semestre de 2012. O objetivo dos parlamentares defensores da proposta é evitar que se repita a situação do outro PLC, aquele a hibernar na gaveta da Mesa Diretora. 

Revista do Brasil - Edição 70 - Abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Greve de servidores da saúde começa com críticas à privatização em São Paulo

Trabalho

Trabalhadores participaram de assembleia e ato na praça da Sé por melhores salários
Publicado em 13/04/2012, 17:09/ Última atualização às 19:36
São Paulo – No primeiro dia de paralisação dos servidores estaduais da saúde de São Paulo, os trabalhadores protestaram contra a privatização dos serviços públicos e o sucateamento do setor, com a transferência das atividades a Organizações Sociais da Saúde (OSS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Publico (Oscips) e fundações de direito privado. “No estado de São Paulo, os interesses privatistas representam um roubo aos hospitais e à saúde pública em geral”, criticou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), Benedito Augusto de Oliveira, o Benão. “Privatizar a saúde é uma tragédia, porque se trata de um setor que precisa da presença do Estado. Não dá para utilizar a lógica do lucro.”

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Para impedir que a terceirização seja regularizada é preciso muita pressão, diz presidente da CUT

Trabalho
Segundo Artur Henrique, incêndio nos alojamentos da usina de Jirau foi causado por descontentamento pela diferenciação no tratamento de terceirizados e contratados
Publicado em 12/04/2012, 17:55/ Última atualização às 19:35
Campinas – Em seminário na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre os impactos da terceirização no mundo do trabalho, o presidente da CUT, Artur Henrique, afirmou que a aprovação do projeto de lei (PL) que regulariza a contratação de trabalhadores terceirizados só vai ser impedida com muita pressão dos diversos setores envolvidos.
O Projeto de Lei (PL) 4.330, de 2004, de autoria do deputado Sandro Mabel (PR-GO), e o substitutivo do deputado Roberto Santiago (PSD-SP), se aprovados, segundo Artur, precarizarão ainda mais a situação dos trabalhadores terceirizados no Brasil. Expondo dados, o presidente da CUT afirmou que hoje há cerca de 10 milhões de terceirizados, ante 33 milhões de trabalhadores contratados. Ele acredita que, com a aprovação do projeto, em poucos anos o cenário será o inverso.
Segundo o manifesto assinado por diversas entidades, entre as quais a CUT,  o projeto de lei agravará a situação do trabalhador terceirizado, já que permite a terceirização em atividades essenciais da empresa e defendem a responsabilidade subsidiária da contratante, ou seja, a empresa contratante só pode ser acionada na Justiça após esgotados todos os meios de execução contra a contratada. Além disso, não garantem a isonomia de direitos entre terceirizados e empregados diretos.
"Há uma absoluta falta de prioridade com o mundo do trabalho. Com muito esforço é que conseguimos fazer pesquisas. Em consequência de valores neoliberais o mundo do trabalho foi tirado de propostas e discussões", lamenta o presidente da CUT. Ainda de acordo com ele, os trabalhadores terceirizados recebem salário 27% menor que os contratados e 72,5% não têm acesso aos mesmos direitos com que contam os trabalhadores com contratos. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Concurso Público dos Correios completa 1 ano

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O SINTECT/SC ajuizou no Ministério Público do Trabalho (MPT) ação para impedir a contratação de Mão de Obra Terceirizada (MOT) pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Santa Catarina. A ação do sindicato visa proteger e assegurar o direito a ser chamado ao trabalho dos candidatos aprovados no último Concurso dos Correios, realizado em março de 2011.

Em Santa Catarina cerca de 30 mil candidatos prestaram o Concurso para preencher as vagas para atuar como atendente, carteiro e OTT. Atualmente, os Correios necessitam ampliar o quadro em pelo menos mais 13.727 vagas. Em todo o Brasil foram mais de 1 milhão de inscritos para concorrer a 9.100 mil vagas.

De acordo com a diretoria do sindicato ao contratar um MOT a ECT está dando uma solução temporária para uma demanda que cresce a cada dia. “Aqui no estado apenas 50% dos aprovados foram chamados”, explica e continua: “Isso prejudica a entrega das cartas e toda a dinâmica de trabalho nas unidades”, avalia o diretor do Sintect/SC, Ricardo Vieira.

Por outro lado, o MOT também é prejudicado pois ocupa uma vaga por tempo limitado [6 meses]. O SINTECT/SC está orientando os candidatos que foram aprovados em Concurso e que ainda não foram chamados a buscarem os seus direitos. “Estamos a disposição para orientar esses futuros trabalhadores dos Correios”, termina Ricardo Vieira

CARTEIROS DENUNCIAM SUPER-EXPLORAÇÃO NOS CORREIOS

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Depois de sérias retaliações após a greve de 2011, os trabalhadores dos Correios não recuam da luta em defesa de direitos. Nesta sexta-feira, 23 de março, mais de 40 carteiros do Piauí foram para a frente da Agência Central dos Correios em Teresina protestar contra o SAP (Sistema de Avaliação e Produtividade).

De acordo com o sindicato, esse novo procedimento de avaliação do empregado da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) é uma forma de avaliação individual que, na realidade, se configura como um atentado a saúde do trabalhador e como meio de assédio moral coletivo.

Produtividade e super-exploração
Com esse sistema, diariamente serão escolhidos 20% do efetivo do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) para serem avaliados. A seleção dos trabalhadores será feita de maneira automática pelo SAP e no final do expediente o funcionário ficará sabendo se foi avaliado ou não. Após a quarta avaliação, caso o empregado não apresente melhoras no seu desempenho funcional, poderá ser penalizado gradativamente com advertência verbal, advertência por escrito, suspensão disciplinar, demissão sem justa causa por Baixo Desempenho ou Dispensa por justa causa.

Para os trabalhadores é normal que a empresa queira avaliar a produtividade do empregado com vistas à melhoria da eficiência do trabalho. Contudo, a sistemática do SAP e, principalmente, o contexto em que foi implantado, denotam que o único fim é aumentar a produtividade a qualquer custo, sem levar em conta a saúde do trabalhador e outras variáveis que interferem na produtividade diária, como o clima, a precariedade do ambiente e das ferramentas de trabalho.

De acordo com o carteiro Antônio Granjeiro, a empresa não oferece as mínimas condições para que eles possam desenvolver um serviço de qualidade. “Os CDDs (Centros de Distribuição Domiciliar) estão lotados de cartas, nós estamos sendo tolhidos de divulgar o que está acontecendo dentro da empresa e a população está sendo prejudicada com o atraso de correspondências”, denuncia
 reportagem do diário do ecetista

Voto sobre fim do imposto sindical pode ser feito pela internet

Presidente da CUT diz que encerramento de contribuição compulsória será útil para afastar atuação de “sindicatos de fachada”
Publicado em 09/04/2012, 20:08 / Última atualização em 10/04/2012, 09:06
São Paulo – O plebiscito organizado pela CUT para que os trabalhadores opinem sobre o imposto sindical recebe votos agora pela internet. Na página criada especialmente para a campanha contra o tributo compulsório, a central colocou a pergunta: “Você concorda com o desconto anual obrigatório de um dia de salário?”, seguida pelas opções sim ou não.
Para votar, é preciso fornecer nome, email e o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). A página enumera ainda os motivos pelos quais a entidade acredita ser necessário encontrar uma nova fórmula para a contribuição dos trabalhadores aos sindicatos. A votação física continua aberta até o próximo dia 30, data de encerramento da campanha, em uma série de endereços definidos nos estados.
O presidente da CUT, Artur Henrique, publicou texto em seu blog defendendo a importância da campanha. Ele lembra que desde a fundação, na década de 1980, a entidade se opõe à cobrança compulsória. Em resposta a Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, que acusou que se trata de uma proposta para “sufocar” as demais centrais, Henrique afirmou haver “desconhecimento histórico” em torno do assunto.
O dirigente reproduziu compromisso firmado em 2008 pelos presidentes das seis centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho em que se comprometem a buscar uma nova forma de arrecadação. “Simplesmente, estamos cobrando o cumprimento de um acordo feito e assinado por todas as centrais, após longo e maduro processo de debates democráticos.”
Artur acrescentou que Azevedo se equivocou ao criticar o veto, feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de lei aprovada para regulamentar o setor. Henrique afirmou que a oposição a que o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizasse a distribuição da contribuição sindical partiu das entidades empresariais, e não das que representam os trabalhadores. 
“Sindicatos que têm papel na negociação coletiva, prestam serviços aos seus associados e realizam campanhas salariais vitoriosas não terão nenhuma dificuldade em demonstrar para a categoria que é preciso contribuir para o financiamento”, disse. “Sindicatos de fachada, sindicatos fantasmas que não têm papel nenhum na negociação coletiva, e que só existem para cobrar taxas dos trabalhadores, esses, sim, terão enorme dificuldade em aprovar tal contribuição. Mas se não fazem luta, para que servem?”

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mínimo deveria ser de R$ 2.295,58 em março, diz Dieese

     O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de R$ 2.295,58 em março, a fim de suprir as necessidades básicas dos brasileiros e de sua família, como constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).                                                                                                                             
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 273,25, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 3,69 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622.
O valor estimado pelo Dieese em março é ligeiramente menor do que o apurado para fevereiro, quando o mínimo necessário fora calculado em R$ 2.323,21, ou 3,74 vezes o patamar atual. Há um ano, o salário mínimo necessário para suprir as necessidades dos brasileiros era de R$ 2.247,94, equivalente a 4,12 vezes o mínimo em vigor naquele período, de R$ 545.
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em março deste ano, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior e também em relação a igual período de 2011. Na média das 17 cidades pesquisas pelo Dieese, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 84 horas e 53 minutos para realizar a mesma compra que, em fevereiro, exigia 85 horas e 30 minutos. Já em março de 2011, a mesma compra necessitava de 96 horas e 13 minutos.

Caixa lança plano para facilitar pagamento de dívidas

DE SÃO PAULO
A Caixa Econômica Federal anunciou nesta segunda-feira um programa para reduzir o custo da dívida ou alongar os prazos para o seu pagamento, chamado de "Crédito Azul Caixa". O plano estará disponível para clientes da instituição e de outros bancos.
Por meio do programa, é possível quitar dívidas mais caras, trocando-as por outra de menor custo, alongar prazos ou obter novos recursos.
"Criamos o programa para que a redução dos níveis de juros não vire um motor de novas dívidas descontroladas", disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda.
Segundo ele, o plano tem o objetivo de proporcionar uma oportunidades às famílias de reorganizarem suas finanças.
Em uma simulação feita pelos executivos do banco, um cliente com dívidas no cheque especial, CDC e cartão de crédito no valor de R$ 20 mil poderá reduzir a prestação paga mensalmente de R$ 2.166,08 para R$ 953,56, pelo prazo de 60 meses.
No caso de quitação das dívidas no outro banco, o cliente obtém um valor de R$ 10 mil para utilizar como quiser.
Os correntistas de outras instituições poderão abrir uma conta e fazer uma análise de perfil para conhecer a oferta dos limites de crédito.
Os interessados devem procurar as agências da Caixa para fazer simulações ou buscar informações no site www.caixa.gov.br ou no telefone 0800 726 0222.

domingo, 8 de abril de 2012

Ministério da Saúde se opõe a teste de HIV em concurso da PM do Espírito Santo

Trabalho

Publicado em 08/04/2012, 12:20
Última atualização às 11:02
São Paulo – A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde enviou ofício à Polícia Militar do Espírito Santo cobrando a mudança de edital de seleção de profissionais que coloca o teste de HIV como condição para a contratação.
“A determinação disposta no edital fere diretamente os princípios da dignidade humana”, observa o secretário Jarbas Barbosa da Silva Jr., que cita artigos da Constituição que vetam qualquer critério discriminatório na seleção de trabalhadores. Ele lembra ainda que é de sigilo pessoal a informação sobre a aids. “Exigir de candidato a cargo público ou privado a realização de exames anti-HIV para considerá-lo apto ou inapto para o exercício de atividade laboral implica violação à garantia constitucional”, adverte.
O Ministério da Saúde considera que não há justificativa científica para a exclusão prevista pelo edital, já que o vírus, além de poder não manifestar sintomas clínicos durante muitos anos, não impede qualquer das habilidades necessárias para a função de policial. O edital prevê ainda a exclusão em caso de qualquer doença sexualmente transmissível, o que levou o secretário a reiterar que estas enfermidades não são impeditivo para se assumir um trabalho.
O ofício é enviado após reclamação apresentada pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), que lembra em carta enviada ao governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), o sucesso do programa brasileiro de combate ao HIV e as diversas portarias editadas pelo governo federal no sentido de evitar a discriminação dos pacientes com aids.  “O conceito de direitos humanos no combate à epidemia da aids é amplo, indo desde a promoção da cidadania de populações historicamente marginalizadas, até a garantia dos direitos humanos de pessoas que vivem com HIV e/ou AIDS”, afirma a associação.
Tags: discriminação, ministério da saúde, direitos humanos, aids, trabalho, polícia militar

sábado, 7 de abril de 2012

Correios vão oferecer novo serviço de entrega rápida

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A partir do dia 2 de março os Correios começam a oferecer o serviço Sedex 12, que garante a remessa de documentos e mercadorias até as 12h do dia útil seguinte ao da postagem. O novo serviço não estará disponível para as cidades que já têm o serviço de Sedex 10 (com entrega até as 10h do dia seguinte), e, na primeira fase estará disponível apenas para os estados de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, Espírito Santo e interior de São Paulo.

A fase de testes deve durar cerca de quatro meses e vai abranger 132 cidades. Segundo o chefe do departamento de encomendas dos Correios, Ricardo Fogos, depois da primeira fase haverá uma avaliação do serviço e a previsão é que o Sedex 12 seja estendido para todo o país.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

SINTECT/SP ganha liminar contra o desconto dos dias antes do prazo estabelecido pelo TST

 redação

O Sindicato dos Trabalhadores em Correios de São Paulo ganhou liminar na justiça proibindo a ECT de efetuar o desconto dos dias dos trabalhadores grevistas antes do prazo estabelecido pelo TST, dia 1º de julho de 2012. A direção da ECT efetuou o desconto na folha dos trabalhadores que não atenderão as convocações dos meses de fevereiro e março, porem a decisão do TST é que esse desconto só ocorra no final do prazo estabelecido.

A FENTECT também entrou com ação na Justiça do Trabalho para evitar o desconto dos dias não compensados antes do prazo fixado. A ação de cumprimento, como se chama a medida, atingirá toda a categoria e denunciará o descumprimento, por parte da direção da ECT, da sentença normativa proferida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

terça-feira, 3 de abril de 2012

Justiça determina revisão que pode atingir 600 mil benefícios do INSS

03/04/2012 - 19h37
A Justiça concedeu liminar garantindo a revisão a auxílios-doença, aposentadorias por invalidez e pensões concedidas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entre 29 de novembro de 1999 e agosto de 2009.
O instituto deve refazer os cálculos dos benefícios em até 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, mas ainda pode recorrer.
A decisão, da juíza federal Katia Herminia Martins Lazarano Roncada, da 2ª Vara Federal Previdenciária de São Paulo, acata ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal em São Paulo e pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical. A Procuradoria estima que a correção possa atingir cerca de 600 mil segurados.
A revisão vale para benefícios calculados com base em 100% dos salários de contribuição. O pedido é para que o cálculo seja feito com base nas 80% maiores contribuições --ou seja, excluindo-se as 20% menores, o que aumenta o valor do benefício em cerca de 8%. Se o segurado teve muita variação salarial, o aumento pode chegar a 22%.
Essa revisão é devida aos segurados que tinham, na data do pedido do benefício, menos de 144 contribuições (12 anos) após julho de 1994. Para esses segurados, o INSS não descartou as 20% menores contribuições, o que pode ter reduzido o benefício. Aqueles que contribuíram com mais parcelas não tiveram o erro.

CUT promove “tuitaço” pelo fim do imposto sindical

Trabalho

CUT promove “tuitaço” pelo fim do imposto sindical

Publicado em 03/04/2012, 12:53/ Última atualização às 12:53
São Paulo – A CUT promove hoje (3), entre 16h e 18h, uma mobilização nas redes sociais pelo fim do imposto sindical. O “tuitaço”, como é conhecido, faz parte da Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical, lançada em março pela central.
Ao mesmo tempo, a entidade pretende divulgar o plebiscito que realiza em diversas cidades do país pelo fim da cobrança automática feita uma vez ao ano aos trabalhadores com carteira assinada. Para a entidade, é preciso que sindicatos e funcionários negociem uma fórmula que conscientize a população sobre a necessidade de contribuição.
Leia também:
Na avaliação da CUT, o formato atual, compulsório, abre espaço para a criação de sindicatos interessados unicamente em amealhar a verba da contribuição sindical. 
Para o “tuitaço”, a CUT propõe o uso da hashtag #FimdoImpostoSindical. A página da central na internet sugere ainda uma série de reportagens e vídeos que podem ajudar a fundamentar a discussão.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Próximas negociações salariais devem repetir cenário de 2011, segundo Dieese

Trabalho
Trabalhadores com data-base em 1º de maio têm conversas balizadas pelo salário mínimo, que teve reajuste de 14,13%, e ajuda a aquecer a economia, facilitando as condições para o diálogo
Publicado em 02/04/2012, 17:15/ Última atualização às 19:34
Categorias já concluíram a pauta de reivindicações e iniciam a negociação com as empresas neste mês (Foto: Sindicato dos Químicos)
São Paulo – O mês de abril será marcado por negociações intensas para várias categorias. As primeiras rodadas de negociação com empresários já ocorreram ou estão por começar para químicos do setor farmacêutico, trabalhadores da construção civil e ferroviários de São Paulo, alguns dos setores com data-base em 1º de maio.
Para o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as negociações coletivas tendem a seguir o ritmo do ano passado, de forte reajuste salarial, mas tendo como sombra o cenário de crise econômica nos Estados Unidos e nos países da zona do euro.
O salário mínimo, cujo reajuste é definido pela expansão da economia de dois anos atrás, somada à inflação de 2011, é uma baliza para as negociações do primeiro semestre. Este ano, com um crescimento de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, o mínimo ganhou 14,13%, e vale agora R$ 622.
“A magnitude dos ganhos pode ter algum recuo. Mas, no geral, não creio que tenhamos diferenças”, resume o coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira. Segundo o departamento, as negociações coletivas realizadas no ano passado foram favoráveis aos trabalhadores, com 86,8% dos casos contemplando aumento real. Outra parcela (7,5%) obteve apenas reposição da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que em 2011 ficou em 6,08%. E 5,7% dos acordos pesquisados ficaram abaixo da inflação.
Alguns pontos podem contrabalancear o efeito da crise nas negociações, segundo Silvestre. “Um deles é que temos o reajuste do salário mínimo, que tem reflexo positivo tanto do ponto de vista do impacto que representa no contingente de pessoas atingidas, do estímulo interno nos setores que produzem bens de baixo valor unitário como nos efeitos que o mínimo tem nos pisos salariais. Acho que há uma boa sinalização”, disse o coordenador. A política de redução de juros adotada pelo Banco Central também é positiva, segundo o técnico.

O debate em torno da desindustrialização no país – criticado por sindicalistas e empresários em razão da alta nas importações, falta de incentivos no mercado interno e ameaça dos empregos nacionais – não deverá afetar, em um primeiro momento, as negociações dos setores relacionados à indústria. “Não creio que tenha grandes reflexos no sentido da negociação. O mercado de trabalho continua em expansão, ainda que não nos patamares observados em 2010”, disse.

Há ainda a possibilidade de acordos semelhantes aos negociados com os metalúrgicos das montadoras em agosto do ano passado, com reajuste salarial válido por dois anos. “Não tem nada que indique que nós tenhamos um recuo na trajetória das negociações nos últimos anos”, disse Silvestre

Fentect se reúne com ECT para definir critérios da PLR 2012

publicado em 2 de Abril de 2012 às 15:19 - Notícias FENTECT

Os representantes da Fentect, José Rivaldo da Silva, Robson Luiz, Francisco José Nunes (Kiko), José Gonçalves (Jacó) e, Henrique Áreas, participaram de duas rodadas de negociações da PLR com a ECT. O início foi marcado pelo esclarecimento da Fentect de que sempre esteve à disposição para negociar, mas a entidade deixa claro que não concorda com o método imposto pela empresa de conduzir a negociação e com a pressão em forçar um acordo. 
Pela PLR ser regida pela Lei 10.101/2000, a ECT alega que deveria ser protocolada no DEST uma proposta até o dia 30 de março de 2012. O argumento foi rebatido imediatamente pelos membros da Fentect, que indagaram que se houvesse um acordo entre as partes o orgão de controle das estatais aceitaria a dilatação dos prazos das negociações. A proposta foi acatada pela empresa e, assim, foi firmado um acordo para peticionar a dilatação por mais 60 dias. 
Uma nova rodada de negociação acontecerá nesta terça-feira (03/04), às 9h30, dando continuidade  ao  cronograma de trabalho estabelecido. A Fentect cobra ainda o pagamento aos ecetistas afastados por acidente de trabalho, e que não receberam a PLR de 2010. Além disso, a Fentect alertou a ECT de que não aceitará em hipótese alguma o SAP como critério de avaliação para o pagamento da PLR 2012, uma vez que a entidade repudia essa ferramenta desumana e opressiva.

domingo, 1 de abril de 2012

Em todo o mundo, trabalho doméstico é pouco regulamentado

Cidadania
Publicado em 01/04/2012, 11:20/ Última atualização às 11:40
Apesar de numerosa, categoria profissional dos trabalhadores domésticos ainda tem menos acesso a direitos trabalhistas (Foto: ©Jarbas Oliveira/Folhapress)
São Paulo – O trabalho doméstico sofre com baixa regulamentação de direitos em âmbito global. No Brasil, é a maior ocupação feminina, com 17% das mulheres atuando na área, mas as trabalhadoras domésticas ainda não têm os mesmos direitos das demais categorias.
Mesmo conquistas já garantidas, como licença-maternidade, não são acessadas por problemas como a informalidade. “Apesar do direito ser garantido, a sua implementação ainda é bastante limitada”, diz a coordenadora do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Mundo do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Marcia Vasconcelos.

De acordo com a especialista da OIT, apesar das dificuldades, o Brasil é considerado um dos países com a legislação mais avançada da América Latina. “Existem legislações de outros países da região que definem que trabalhadoras domésticas recebam um terço, ou metade do salário mínimo oficial, por exemplo”, detalhou. “No Brasil já se observa um avanço em termos de legislação, se comparada com o conjunto dos países da América Latina. Porém, nós temos ainda uma situação de dificuldade de cumprimento da legislação que já está garantida. Apesar de existir o direito, ele não é cumprido.”

Cachoeira usava servidores para contrabando, afirma PF


DE SÃO PAULO
Gravações feitas pela Polícia Federal revelam que o grupo do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, utilizou servidores da Infraero e da Receita Federal para obter facilidades na entrada e saída de mercadorias contrabandeadas no aeroporto de Brasília, informa reportagem de Leandro Colon, Fernando Mello e Filipe Coutinho, publicada na Folha deste domingo (a íntegra está disponível assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O outro é Wagner Wilson de Castro, inspetor-chefe da Alfândega da Receita em Brasília, que já foi chamado durante a madrugada para liberar malas do grupo de Cachoeira retidas pela PF.
O servidor da Infraero Raimundo Costa Ferreira Neto e o inspetor-chefe da Alfândega da Receita em Brasília, Wagner Wilson de Castro, admitiram conhecer os investigados pela polícia, mas negaram qualquer irregularidade. O advogado de Cachoeira, Márcio Thomáz Bastos, preferiu não se manifestar.
reportagem da Folha deste domingo.