sábado, 27 de abril de 2013

Empresa mantém postura intransigente na questão PLR

Empresa mantém postura intransigente, e até com a mediação do Ministério Público do Trabalho não abre mão do GCR e da Parcela Estratégica
Na tarde de ontem (23), foi realizada uma audiência de conciliação no Ministério Público do Trabalho para se tentar chegar a um consenso entre as partes sobre a negociação da PLR 2012 e 2013. Como já era esperado, a Empresa se manteve intransigente e se esquivou de todas as propostas que trouxessem qualquer tipo de diminuição de benefícios para a cúpula da ECT.

Ela defendeu com unhas e dentes o GCR, e afirmou que a ferramenta é estritamente técnica, justa, eficiente, livre de subjetividade, além de ser um instrumento de valorização do trabalhador, o que é sabidamente uma inverdade. A Federação voltou a afirmar que o GCR é decadente e ineficiente, já que não existe aplicabilidade, e os processos previstos para avaliação não acontecem em nenhum lugar do País. Foi relembrado, inclusive, que o próprio Ministério Público condenou a subjetividade da ferramenta ao constatar que atestados médicos vinham sendo utilizados para penalizar o trabalhador nas avaliações.

Todos os argumentos contra a ferramenta foram em vão. A Empresa disse que poderia, apenas, que poderia trabalhar para o aperfeiçoamento do GCR. O trabalho seria feito a partir da avaliação dos sindicalistas de quais pontos precisam ser aperfeiçoados e quais os defeitos apresentados na ferramenta, mas os resultados só poderiam ser aplicados a partir de 2014. Em todo tempo, os representantes dos trabalhadores afirmaram que o GCR é uma ferramenta inconsistente e totalmente subjetiva.

Mais ferrenha ainda foi a defesa pela parte empresa da destinação de uma porcentagem do montante total dos lucros para uma parcela estratégica. O Secretário-geral da Fentect, José Rodrigues, afirmou que a Federação já recuou tudo o que poderia recuar com os acordos passados. “A empresa quer sempre impor mais suas vontades subjugando as dos trabalhadores. Não podemos admitir que a PLR seja usada para premiar gestores. Todo trabalhador, seja qual for o cargo que ocupa, tem uma importância singular para os lucros da Empresa.”, reforçou.
O Advogado da Fentect, Dr. Adovaldo Filho, afirmou que, a ECT, ao dizer que aplica a Lei 10.101, não justifica discriminar muitos trabalhadores através dessa parcela estratégica.Após as exaustivas cinco horas de negociação, o Procurador Rogério Rodriguez Fernandes Filho fez a proposta de redução da porcentagem destinada à parcela estratégica de 10% para 8%. Além disso, haveria o aumento da parcela corporativa de 30% para 50%. A ECT tratou do ponto como se fosse uma grande vantagem para a categoria, comparando a parcela corporativa a distribuição linear.
Ou seja, mais uma vez mostrando desrespeito e má fé, já que é público e notório que a parcela corporativa está longe da linearidade, uma vez que os valores são condicionados ao desempenho das regionais. A Fentect não vai aceitar mais esse joguete da ECT, que não respeita o trabalhador e ainda procurar gerar confusão, lançando informes tendenciosos e dificultando as negociações. Vamos levar a público as verdadeiras intenções da Empresa com relação à PLR e lutar por uma distribuição justa.
PLR linear e sem critérios já!

fonte Fentect.

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